Hoje, voltei a relocalizar uma das Regulus regulus que estavam na serra da Columbeira, consegui estas fotos, apesar da luz pobre. Postado por: Helder Cardoso; Fotos: Helder Cardoso
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No sábado passado fiquei com algum tempo livre de uma forma algo esperada/inesperada, tendo procedido as negociações do costume para ter licença para ir ver o fusca ao Porto, tive que arranjar algo para fazer devido á partida prematura do pato. Combinei ir ver gaivotas de manha com o Paulo Alves e depois quando o Flávio Oliveira que ia primeiro a Alverca arrolar um Marreco chega-se íamos para a Foz do Sizandro ver se dávamos com Narcejas-galegas, simples não? Os problemas começaram a surgir quando pouco depois de eu e o Paulo termos começado a ver gaivotas no molhe leste ele descobre esta menina dentro do porto: Uma Larus hyperboreus 1º inverno!!! Bom, naturalmente que o Flávio que ainda andava á procura do Marreco (não conseguiu dar com ele) não ficou contente, e arrancou logo para Peniche, entretanto avisei também alguns dos fotógrafos da zona no caso de estarem interessados. Um dos objectivos do Paulo era ver gaivota-de-bico-riscado que ele nunca tinha visto e como estão dois indivíduos dessa espécie em Peniche prosseguimos a busca, nomeadamente indo aos sítios onde estavam Guinchos na esperança de dar com uma, não tivemos sorte, mas no fosso junto ao Intermache eu avistei algo mais interessante: Duas gaivotas de asa branca no mesmo dia, Larus hyperboreus e Larus glaucoides, não tínhamos dado com a argentatus (outro dos objectivos do Paulo) nem com a Larus delawarensis mas em compensação demos com duas raridades, o Flávio ainda não tinha chegado e não estava propriamente contente já que ambas as espécies eram Lifers. No entretanto encontramos o Soares Teodoro que tinha conseguido tirar fotos á Larus hyperboreus e ia de seguida tirar á Larus glaucoides, quanto a mim e ao Paulo fomos outra vez ao molhe leste ajudar o Flávio a dar com a hyperboreus, sem sorte, nem sinal dela, fomos para o intermache para tentar dar com a glaucoides que felizmente ainda estava no mesmo sitio, e quando voltamos para o carro passa uma gaivota muito clara, a minha reacção inicial foi de que era uma argentatus 2º inverno, mas quando a vejo com binóculos vi que era o 1º inverno de Larus delawarensis, e o 2º lifer do dia para o Paulo. Mais animados (tirando o Flávio que ainda estava a resmungar por causa do Marreco) seguimos para a foz do Lizandro onde demos com 1-2 narcejas galegas com as vistas típicas para a espécie… Eu fui almoçar e despedi-me dos meus colegas que iam de seguida para a Lagoa de Obidos e depois iam voltar a Peniche para tentar relocalizar a hyperboreus. Estava eu descansadinho em casa quando recebo uma mensagem do meu trabalho a dizer que sou preciso para resolver um problema, pronto lá vou eu para Peniche outra vez, quando resolvo o problema, nova mensagem, mas desta vez do Teodoro a dizer que estava um Airo dentro do porto de Peniche, avisei toda a gente, o Airo deu espectáculo e para alivio do Flávio a hyper apareceu e tudo acabou em bem. Postado por: Pedro Ramalho; Fotos: Teodoro
Foi criada, para a utilização de todos os observadores uma "plataforma", muito simples que permite o registo imediato das raridades locais no site do Seabirding in Peniche.
No separador lateral encontra o titulo "Raridades", dentro vai encontrar uma tabela com os registos das raridades observadas em Peniche e na envolvente, incluindo os registos mais recentes de indivíduos já detectados, uma forma de saber, antes de visitar Peniche, quando foi vista pela última vez determinada raridade. Esta tabela irá sendo actualizada por todos os membros do Seabirding in Peniche, mas seria muito interessante que todos os que visitarem Peniche possam contribuir com as suas observações, tornando assim a página mais funcional! Para contribuir é muito simples, basta aceder a: seabirdinginpeniche.keepandshare.com Aqui encontrará uma tabela, simples e de fácil acesso, para preencher com a sua observação, depois basta Salvar e actualiza automaticamente a tabela aqui no Seabirding in Peniche. A tabela não permite muitas funcionalidades, mas na medida do possível, achamos que cumpre bem a sua função de sintetizar as observações. Obrigado pela colaboração e boas observações! A superfície frontal que varreu ontem o território nacional, originou ventos fortes, que inicialmente eram de Sudoeste e foram rodando gradualmente para Oeste e depois para Noroeste. Já com o material de observação preparado, levantei-me na madrugada de Sábado e espreitei à janela o vento que dobrava eucaliptos no topo da serra, ponderei duas vezes antes de ir para Peniche, ainda que fosse muito tentador! Decidi não arriscar e ficar em casa. Combinei então com o Pedro Ramalho encontrarmo-nos hoje de manhã na Cruz dos Remédios, na esperança que o vento mantivesse as aves junto da costa. Hoje de manhã o vento tinha parado!!! Pelo caminho até Peniche fui desenhando os vários cenários possíveis, mas sem vento, desde talvez meio da noite, é possível que as aves já se tivessem afastado da costa... Decidi ir primeiro à ETAR da Atouguia, pois pensei " se o temporal empurrou alguma coisa, o mais provável é ainda estar na ETAR logo nas primeiras horas da manhã...", a coisa correu bem, 5 Tadorna tadorna. Fui até á Cruz dos Remédios e o mar estava completamente morto, em cerca de 20min, passaram 8 Alca torda e 1 Puffinus mauretanicus. Recebo entretanto sms do Pedro a dizer que estava uma Rissa tridactyla 1ºinv. na foz da ribeira de S. Domingos. Fomos então dentro do Porto de Pesca espreitar se andava alguma coisa entre os molhes e encontrámos 2 Melanitta nigra e 1 Gavia stellata (Possivelmente a mesma já detectada anteriormente). Voltámos os dois à ETAR para ver melhor os Tadorna e encontrámos 1 Larus minutus 2ºInv. Depois de Peniche passei na Lagoa de Óbidos e entre as espécies regulares, o mau tempo tinha empurrado mais Larus minutus, desta feita 4 ind (Ad.; 2ºinv e 2 1ºInv.) Postado por: Helder Cardoso
Pode descarregar aqui um artigo muito interessante e completo sobre a identificação de 2 invernos de Larus thayeri, O artigo do Chris Gibbins e do Martin Garner, vem colmatar a pobre informação sobre a identificação deste grupo etário. Ainda que para Portugal a aplicabilidade prática seja relativa, dado que ver um adulto ou um juvenil já seria fantástico, podemos no entanto observar agora algumas Larus michahellis "lusitanius", Larus argentatus inverno ou L. glaucoides kumlieni em 2º Inv., de uma forma mais informada.
Postado por: Helder Cardoso; Fonte: www.birdingfrontiers.com
Enquanto o Hélder meu colega destas andanças foi para o cabo logo de manha no passado domingo, eu fiquei a dormir, afinal de contas para que serve o domingo de manha?
Quando finalmente acordei, fiquei a saber que não tinha perdido nada, ufa… que alivio! Mas comecei logo a pensar em tentar durante a tarde, afinal se o vento ia rodar e ficar mais norte o que era mau, ia também ficar mais forte o que era bom, além de que ficar em casa no sofá não me estava propriamente a apetecer. Portanto acabado o almoço fui para Peniche, era estupidamente cedo, mas pensei que se desse, excelente! Se não desse não perdia a tarde e voltava para casa. A primeira coisa que reparei quando cheguei aos Remédios era de que a ondulação estava muito alta e o vento estava basicamente norte, ou seja estava péssimo para ver alcídeos, mas pronto, já que lá estava experimentei. Para minha supressa estavam MUITAS gaivotas no mar mas rissas nem uma, no entanto estavam a passar alguns Gansos-patolas e para meu alivio rapidamente localizei um Moleiro-grande, no dia anterior durante as contagens RAM em quase 3 horas de contagem não tinha conseguido ver nenhum, apesar de terem passado vários, pelo menos segundo os meus colegas… tendo arrolado mais uma espécie para a lista anual, resolvi ficar mais um pouco, a ver o que aparecia, passaram vários bando de Tordas, mas nada de especial, mas de repente vejo vir uma frente de chuva, e fiquei na expectativa do que poderia aparecer antes de começar a chover, passaram mais umas tordas e um bando de melanitas para norte e de repente vejo 1 Airo em voo para sul!! Espetáculo! O Airo é para mim uma daquelas espécies complicadas tendo este sido o meu 4º, e tendo visto o 1º só no final de 2011, tendo ido de propósito ao cabo raso para ver um que estava a aparecer regularmente na zona. Estava ainda a dirigir o airo quando vejo virem 4 alcídeos, assim que os vi pensei logo que eram papagaios-do-mar, eu já por varias vezes ao longo dos 5 anos que observo aves pensei ter visto papagaios-do-mar mas nunca consegui confirmar para minha satisfação de que era mesmo um, e isto porque? Porque os alcídeos são pequenos! Voam muito rápido! E todas as 3 espécies que ocorrem em Portugal são pretas por cima e brancas pro baixo! Conseguir ver se uma dada ave é mais preta, com cinza na face, com a parte inferior da asa escura e é mais pequena que uma Torda, parece simples em teoria mas não o é na prática! Especialmente porque ao contrário das Tordas os Papagaios-do-mar só aparecem junto á costa (no Cabo Carvoeiro pelo menos) em situação de tempestade, o que dificulta e muito a sua observação. Mas desta vez eu estava preparado para eles e tive a sorte de passarem relativamente perto, portanto ao fim de CINCO anos consegui por fim ver Papagaios-do-mar. Obviamente que as boas noticias são para partilhar e avisei varias colegas arroladores da boa nova, com o resultado de ter feito o Hélder saltar do sofá, e vindo fazer-me companhia, infelizmente não passaram mais mas espero que tal como me aconteceu com varias outras espécies marinhas que apos 1º primeiro avistamento tirado a ferros tive um 2º em condições ideias com estes se passe o mesmo! Hoje ao final da tarde fui até ao molhe leste para espreitar as gaivotas e já lá se encontrava o Isidoro a fotografar as que se revezavam no rio..ficámos os dois a observar e passado algum tempo, junta-se outro companheiro, o Pedro Ramalho. Durante o par de horas que ali ficámos, foram chegando gaivotas, primeiro um 1º Inv. de Larus canus e 1ºinv. de Larus delawarensis, depois junta-se outro 1º Inv de Larus canus e por fim um Adulto de Larus delawarensis. De uma forma ou de outra estes indivíduos foram sendo observados por Peniche ao longo deste Inverno. Mas vê-los todos juntos na ribeira deu para tirar a seguinte conclusão, estão em Peniche pelo menos 1 Ad e 1º Inv de Larus delawarensis, 2 - 1º Inv e 1 adulto de Larus canus (observado dois dias antes). Fotos: Teodoro
Hoje, bem cedo...rumei a Peniche...com o som do vento que se intensificava durante a noite na janela do meu quarto, fui cheio de expectativa que o Vento de Oeste trouxesse alguma animação para junto da costa. Numa homenagem sentida ao Demis Roussos...fui a cantarolar no carro na esperança que "My friend the Wind" fosse generoso no número de Rissas e moleiros...quem sabe um Mellanita fusca ou Fratecula artica. Ao chegar a Peniche o mar estava agitado, mas o vento, nada do que estava prometido...um vento fraco..acompanhado com aguaceiros...o braço da frente fria estava ainda a passar e o vento ainda não estava instalado....decidi ir espreitar o Molhe Leste e ver umas gaivotas... Na ribeira estava um Larus marinus 1ºinv e entretanto chegou uma Larus argentatus 1º inv., um ind. com um grande número de penas do manto e escapulares mudadas com um barrado fino e de tons pálidos, o padrão das terciárias era já imperceptível, tal era o desgaste. Entretanto o vento já estava a ficar mais forte e decidi voltar à Cruz dos Remédios e espreitar o mar...não sem antes passar no "fosso", junto às saídas de esgoto das muralhas e no frenesim de Guinchos, uma Larus canus ad., talvez o mesmo ind. que tinha visto ontem a caminho do Cabo Carvoeiro. O vento, agora forte, já tinha empurrado algumas aves para junto da costa, numa hora de contagem (10h - 11h): A. torda: 141 S. skua: 23 P. mauretanicus: 6 L. melanocephalus: 4 P. griseus: 1 R. tridactyla: 9 M. nigra: 1 Postado por: Helder Cardoso, Foto: Helder Cardoso
Hoje foi mais uma manhã de Contagem de Aves Marinhas no Cabo Carvoeiro, no âmbito das contagens RAM organizadas pela SPEA. Antes de chegar ao cabo Carvoeiro, foram detectadas duas Larus canus (ad e 1ºInv.), junto da estrada que segue para o Cabo Carvoeiro. O ind. adulto poderá ser o mesmo que já é observada há vários anos no mesmo local. Observadores: Pedro Ramalho, Leila Duarte, Adriana Silva, Helder Cardoso Peniche--Cabo Carvoeiro 12/Jan/2013 8:00 - 10:30 8 espécies (Puffinus mauretanicus) 6 (Morus bassanus) 546 (Phalacrocorax aristotelis) 4 (Haematopus ostralegus) 1 (Chroicocephalus ridibundus) 16 (Thalasseus sandvicensis) 3 (Stercorarius skua) 9 (Alca torda) 32 Postado por: Helder Cardoso; Foto: Helder Cardoso
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